terça-feira, 30 de novembro de 2010

Moção de Cumprimentos pelo Dia da Favela

A CUFA Cachoeira do Sul recebeu da Câmara de Vereadores da cidade Moção e Cumprimentos pelo Dia da Favela. A iniciativa partiu da Vereadora Mariana Carlos e aceita por todos os outros Vereadores.
A CUFA agradece e entende como importante esse reconhecimento não pela entidade mas, pelos moradores desses espaços para quem fazemos todas as nossas ações e projetos.



CUFA Cachoeira do Sul

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dia da Favela, por uma nova realidade.

Dia 04 de novembro foi celebrado o Dia da Favela e o Expresso CUFA abordou esse tema.

A iniciativa de instituir a data surgiu em 2005, a partir de uma mobilização da CUFA no Rio de Janeiro que teve adesão de vários outros Estados. Hoje, quatro cidades brasileiras já tem o Dia da Favela dentro de seu calendário oficial e outras, como Montenegro/RS estão com a proposta em tramitação na Câmara de Vereadores.

Este ano, o Dia da Favela teve uma repercussão ainda maior e vem sendo tema de debates e reflexões sobre o modelo de sociedade atual. Em meio ainda a discussões políticas e eleitorais, o momento não poderia ser melhor para deixar de lado antigos paradigmas e construir estratégias para um novo modelo de sociedade sem exclusões e preconceitos mas, com igualdade de oportunidades e garantias de acesso aos direitos básicos a qualquer cidadão.

A CUFA, que também celebrou neste dia dez anos de trabalho junto às favelas brasileiras, vem estimulando e fomentando essas reflexões e, principalmente, ações para que possamos transformar essas realidades trazendo, para todos os espaços de discussões, a voz e as opiniões das favelas que, historicamente, não participam das decisões apenas se submetendo aos olhares de uma elite que demonstra em seus discursos não conhecer de fato essas realidades.

Comentários do tipo “na favela só tem tráfico de drogas e violência”; “as favelas são a vergonha do Brasil”; “temos que acabar com as favelas e transformá-las em bairros”; entre outros, não trazem soluções para os principais problemas sociais que imperam entre as pessoas que moram em favelas como falta de emprego, educação de qualidade, atendimento à saúde e, principalmente, falta de uma moradia digna que elas possam “pagar”.

Temos que lembrar que, ao contrário de uma minoria das famílias brasileiras, as pessoas que hoje vivem nessas condições são herdeiras de uma enorme dívida social. São gerações e gerações sem oportunidades, sendo excluídas e esquecidas nesses bolsões de pobreza.

A sociedade é a principal responsável pelo país que temos hoje e só vai mudar se ela mesma se mobilizar e agir. Não com preconceitos ou moralismos mas com racionalidade e estratégias viáveis, por que, transformar uma favela em bairro é muito mais difícil e caro para o Estado do que começar-mos a nos unir e permitir que as pessoas tenham acesso aos seus direitos e conseguir, através de seus esforços, transformar suas vidas e escolher o lugar de sua moradia.

Náthaly Weber
Coordenadora CUFA Cachoeira do Sul

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Expresso CUFA na Feira do Livro



A feira do livro foi criada para popularizar os livros e dar mais oportunidade de acesso a eles.
Em Cachoeira do Sul, desde de sua primeira edição em 1985, a feira incentiva a leitura.

Sendo uma iniciativa da Biblioteca Pública Municipal o evento se tornou uma tradição cultural, onde há mostras de arte, dança e fotografia.



No ano da criação da feira, Cachoeira do Sul não possuía nenhuma livraria e a carência de leitura na cidade era grande. Nesse mesmo ano o projeto havia saído do papel e a venda de livros cresceu.

A meta principal, de trazer livrarias, se tornou realidade, e até hoje o evento, que acontece na praça José Bonifácio, mexe com a população no mês de outubro.

Mas, será que essa mesma população continua interessada em leitura? Será que a feira continua estimulando leitores e novos leitores?

O Expresso CUFA deu uma volta pela feira e em alguns bairros para saber como está o interesse pela leitura de crianças e jovens de Cachoeira do Sul e o que pensam sobre a feira do livro. No caminho, encontramos uma turminha da escola Maria Pacicco que estava indo, pela primeira vez, na feira que já acontece a mais de vinte anos.



A professora falou, com entusiasmo, como é levar sua turma para dar esse passeio pela cultura e pela arte, tendo acesso à diversas atividades que ela vem multiplicando nas suas aulas.

“É uma atividade diferente pra eles e eles gostam, tanto que vieram todos os alunos. Lá eles vão ter outro ambiente, vão ter diversos livros, atividades e teatro. Na sala eu também faço a hora da leitura e eles participam bastante”.

O jovem William, afirma que a cidade precisa de eventos como a feira do livro, para que os jovens percebam a importância da leitura e acrescenta que para ler, basta querer.


“Poucos jovens se interessam hoje em dia, por que livro tu acha em qualquer lugar que tu vá. Para num banco pra sentar, tu acha nem que seja uma revistinha pra ler”.

A CUFA parabeniza a organização da feira que vem, a cada ano, ultrapassando barreiras para continuar dando oportunidade à população em geral de ter acesso à variadas obras e ter contato com escritores, artistas locais e também de renome nacional.

Tenham todos uma boa leitura!
Expresso CUFA
CUFA Cachoeira do Sul